ESPINHO
Eu penso em ti, aqui nesse jardim, entre as plantas...
Sempre te ouvi chamar as mulheres de flores
Bem sei que tuas narinas já cheiraram tantas...
Mas, diz: _ Quantas quedaram-se por ti d’amores?
Lembrando delas tu cantas, mas não te encantas,
revivendo os momentos tão abrasadores...
Quantas mulheres tua boca beijou... Sim: _ Quantas?
E alguma delas pode aplacar as tuas dores?!
Nenhuma das mulheres chamadas de flor
conseguiu te fazer feliz no teu caminho...
Antes, perpetuaram mais tristeza e dor.
Por isso, nunca quis ser flor, pois eu sou espinho.
Mas, duvido que alguma tenha mais amor
do que sinto por ti, tampouco mais carinho.
Tânia Regina Voigt
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