FINGIMENTO EM MÉTRICA
Carrego sempre comigo as tuas falas,
não na memória, nem em planilhas,
mas na alma que tão somente tu calas,
quando me ensinas tantas maravilhas.
Com elas da tristeza até me esqueço.
E procuro cantar em redondilhas
toda a ternura que eu te ofereço
além dos céus, dos mares, terras e ilhas.
Ali invento o carinho que não mereço
fingindo que comigo compartilhas
desse sentimento de amor e apreço.
Já que sem piedade tu me humilhas,
é nas lembranças que me fortaleço
criando também trovas ou sextilhas.
Tânia Regina Voigt
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