TÂNIA R. VOIGT

A Poetisa do Encanto e Magia



MARCA DA POETISA






quarta-feira, 16 de setembro de 2009

PEQUENA GIGANTE _ (Soneto)

PEQUENA GIGANTE

Foi tão grande guerreira e ingenuamente
buscava sempre uma atenção constante...
Mas, tendo n’alma um querer mais que ardente,
embora pequena, fez-se gigante!

Ansiando pétalas de roseira
o que pôde encontrar em seus caminhos,
numa vida _ tal brisa, passageira _
foram tão somente grandes espinhos...

Ainda assim, transformou chita em seda!
E planando bem longe desse mundo
transformou constelações em vereda...

Pois, o silêncio hoje se fez profundo...
Não pra lembrar de hora triste, ou azeda.
Mas, porque o teu labor inda é fecundo.

Tânia Regina Voigt

terça-feira, 15 de setembro de 2009

FELIZ ANIVERSÁRIO!... do meu jeito...



FELIZ ANIVERSÁRIO!... do meu jeito...

Quedou-se a bailarina inconsciente.
E no céu aquela estrela flamejante
apareceu dançando de repente...
Teria se feito um astro dançante?

Não sei... Mas, foi sempre esse o meu palpite.
Pois, eu sei que isso a faria contente:
Fazer ver que nada lhe impõe limite!
Nem mesmo a morte, esse terror da gente...

Se o balé do meu coração não some,
é porque vive! Dentro do meu peito...
E sou orgulhosa desse amado nome!

Por isso, hoje, canto aqui com respeito
(já que a lembrança o tempo não consome),
FELIZ ANIVERSÁRIO!... do meu jeito...

Tânia Regina Voigt

domingo, 13 de setembro de 2009

SEDUÇÃO EM SONATA _ (Soneto)



SEDUÇÃO EM SONATA

Um dia encontrei Bilac no lácio de sua flor.
Mas, não entendi ser última, a lavra ali...
Sei que foi tudo tão belo e cheio de cor,
que mais me parecia dom de colibri.

Ouvindo o som da métrica em ritmo de amor,
antevi as rimas certas a me seduzir.
Então, nas redondilhas do vento a favor,
versei com a intenção de nunca mais partir.

Pensei poder parar de chorar qualquer dor...
Mesmo que a tentativa fosse pra cingir
um coração matuto, mas gladiador.

Pois, antes que pudessem me dissuadir,
sem nem mesmo pensar em qualquer dissabor,
em mil sonatas vi minh’alma se despir.

Tânia Regina Voigt

FINGIMENTO EM MÉTRICA _ (Soneto)



FINGIMENTO EM MÉTRICA

Carrego sempre comigo as tuas falas,
não na memória, nem em planilhas,
mas na alma que tão somente tu calas,
quando me ensinas tantas maravilhas.

Com elas da tristeza até me esqueço.
E procuro cantar em redondilhas
toda a ternura que eu te ofereço
além dos céus, dos mares, terras e ilhas.

Ali invento o carinho que não mereço
fingindo que comigo compartilhas
desse sentimento de amor e apreço.

Já que sem piedade tu me humilhas,
é nas lembranças que me fortaleço
criando também trovas ou sextilhas.

Tânia Regina Voigt

ESPINHO _ (Soneto)



ESPINHO

Eu penso em ti, aqui nesse jardim, entre as plantas...
Sempre te ouvi chamar as mulheres de flores
Bem sei que tuas narinas já cheiraram tantas...
Mas, diz: _ Quantas quedaram-se por ti d’amores?

Lembrando delas tu cantas, mas não te encantas,
revivendo os momentos tão abrasadores...
Quantas mulheres tua boca beijou... Sim: _ Quantas?
E alguma delas pode aplacar as tuas dores?!

Nenhuma das mulheres chamadas de flor
conseguiu te fazer feliz no teu caminho...
Antes, perpetuaram mais tristeza e dor.

Por isso, nunca quis ser flor, pois eu sou espinho.
Mas, duvido que alguma tenha mais amor
do que sinto por ti, tampouco mais carinho.

Tânia Regina Voigt