QUIETUDES
Nada.
E dentro desse nada,
uma imensa quietude.
Agulhada.
No ouvido essa agulhada
atinge a amplitude...
Ensurdece!
Esse silêncio ensurdece
mais que qualquer saraivada!
Desce.
Aos confins d’alma desce
vasculhando tudo...
Encontrando nada...
Esse mesmo nada
que antecede a tudo...
E que se sabe!
Mas não impede que desabe
uma íntima tempestade.
A chuva é de saudade...
Não há mal tempo.
Quem sabe um contratempo?
O silêncio cresce,
morde, entristece...
Mas, é passageiro.
Essa é a verdade!
Logo vem o tudo sorrateiro
trazendo a felicidade
Que enternece,
Ilumina, fascina
e emudece...
Inquietudes...
Na semente que germina
o amor acontece...
Do nada... No tudo:
Nos atos, nos fatos
e nas atitudes.
Tânia Regina Voigt
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