SOU
Sou folha branca
sobre uma mesa esquecida.
Um tinteiro do lado, desejando
riscar minhas linhas, marcar meu compasso
e grifar todas as entrelinhas.
Sou gaivota andarilha
rasgando os céus sem limite,
buscando um raio de sol que aqueça.
Sou alma dividida, sozinha entristecida.
Que ao sentir-se parcelada,
fecha a conta e naufraga sentida
Sou pura fantasia.
Um viver sem melodia,
no ritmo de uma nota só.
Sou tudo e não sou nada.
Virei marmelada!
Excremento...
Tânia Regina Voigt
Sou folha branca
sobre uma mesa esquecida.
Um tinteiro do lado, desejando
riscar minhas linhas, marcar meu compasso
e grifar todas as entrelinhas.
Sou gaivota andarilha
rasgando os céus sem limite,
buscando um raio de sol que aqueça.
Sou alma dividida, sozinha entristecida.
Que ao sentir-se parcelada,
fecha a conta e naufraga sentida
Sou pura fantasia.
Um viver sem melodia,
no ritmo de uma nota só.
Sou tudo e não sou nada.
Virei marmelada!
Excremento...
Tânia Regina Voigt
Poema publicado no Planeta Literatura em 31/05/07
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